E o amor que sinto, é como uma passarela, que liga o céu ao inferno, passando por cima do aterrorizante mundo dos mortais, liga a pureza à angustia, o bem ao mal, a empatia ao ciúmes, em caminhos longos e traiçoeiros, nunca se sabe onde se esta indo. Nessa passarela me perco. Me confundo com o barulho de minhas angústias e medos. Procuro freneticamente por um caminho que me leve ao entendimento, não apenas para entender esse amor, mas, para entender a vida. A qual tão pouco conheço para compreender.
Me encontro no centro da passarela, dando passos curtos e cautelosos. Mudando de direção a todo momento, em uma tentativa frustrada de achar o caminho certo. Encontro portas fechadas, e em minha cabeça, habita a curiosidade de saber se além delas há o tão procurado caminho. E quando o que mais quero é me jogar no agonizante mundo mortal, pondo fim à angústia de meus pensamentos e aflições, me recordo que isso, só me levaria a uma nova estrada.
Onde mora a angústia, o medo, a apatia, a inveja e o ciúmes, que opõem o amor, a esperança e a empatia. Me encontro no meio do caminho, é lá meus pensamentos ganham força, enquanto tentam adivinhar um caminho para longe do que me afeta, longe do medo, do pior deles, o mais aterrorizante, o que afeta milhões de pessoas todos os dias, o medo de ter medo.
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