16 de maio de 2014

Como tudo começou

Me flagrei pensando em como isso aqui começou, esse negócio de escrever. Quando começou pra valer mesmo. Foi a pouco mais de um ano no Rio de Janeiro. O primeiro texto que eu realmente fiquei feliz de ter escrito. Ele até esta aqui no blog, mas, resolvi reescreve-lo, porque ele é muito especial para mim. Espero que signifique algo para alguém também. 

    "Pensei sobre o mar, e isso até pode parecer um tanto louco, mas, tentei fotografar em minha mente a chegada do mar sob as pedras na beira da praia, esbarra nas pedras com toda força, mas, logo recua devagar, deixando sua marca, nada mais que pedras molhadas, e as vezes, na maioria das ocasiões, o mar chega sem aviso prévio ou sinal, e não se pode evitar isto. Poderíamos até colocar uma espécie de barreira em volta, e alegar que o mar não se choca nas pedras. Uma grande mentira. Algo superficial. Porém, todos diriam que o mar não chega, apenas por não enxergarem sua chegada. E você ai, pode até estar se perguntando onde quero chegar. Afinal, qual a importância de algo que acontece desde que o mundo é mundo, o que tem de tão fascinante em ondas se quebrando sob inúteis pedras? Realmente, não tem nada de fascinante nisso. Muito menos poético.  Mas, isso é uma metáfora, quero falar sobre o amor. Comparo a estranha e antiga relação do ser-humano com o amor. É como a relação milenar de mar e pedra.  Nesta relação, os seres-humanos são as pedras, e o mar é o amor. Darei uma explicação. O  amor se choca contra nossas cabeças duras da forma mais repentina imaginável, e quando se vai, não há uma única maneira de deixa-lo partir por completo, sempre haverá uma marca.  Assim como como uma pedra molhada após o recuo do mar.  As vezes, tão repentinamente que  podemos simplesmente afirmar que este amor não chega se, simplesmente, fecharmos os olhos. Isso funcionaria como a barreira entre o mar e as pedras. Por inocência, apenas nos recusamos a ver o mar atingindo as pedras. Ou neste caso, que o amor chega até nós, seja cedo ou tarde. O fascinante disso tudo é que o amor existe dentro de nós. Assim como o mar existe entre as pedras. E o amor é tão bonito quanto o mar chegando até pedras. A diferença, entre esta relação entre pedra e mar, amor e humano, é que nós, seres-humanos,  aprendemos com as marcas deixadas pelo amor. Diferente das pedras, que continuam as mesmas. Infelizmente, surpresas com a chegada do mar."

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