1 de junho de 2014

O mesmo sol

 O mesmo sol que ilumina o face da vossa alteza real todos os dias, ilumina também minha face. O sol que trouxe luz aos dias sombrios dos mais impiedosos assassinos. A mesma luz que iluminou também a face de todos os seres já santificados até hoje. De todo rei, e ladrão. De todo rico, e de todo pobre. De cada artista global, e de cada ser anonimo que já passou por essa terra. Cada poeta, e cada analfabeto. Desde o início dos tempos. 
 Amado sol, banha-me com a pureza que trazes todos os dias pela manhã. Entregue-me parte de sua força, e de sua luz. Apenas o suficiente para cobrir minhas aflições e angústias. Que a visão do pôr-do-sol trabalhe como morfina, e que leve embora tudo que não presta. 
 Observo o sol, as nuvens, e o céu azul por trás delas, tão doces quanto o sorriso de uma criança. Imagino todos os seres que já observaram o pôr-do-sol em toda a história da humanidade. E quantas histórias começaram com um pôr-do-sol? Quantas terminaram? O sol que vejo todos os dias, é o mesmo sol que tu contempla, quem sabe com tanta admiração quanto eu. Do outro lado do planeta azul, as pessoas observam o nascer do sol, ao mesmo tempo que nos despedimos esperando vê-lo pela manhã. O mesmo sol. 
 Se tu não compreende o quanto isso é incrível, o quanto o céu merece ser observado pelo menos por um minuto, sabes menos que eu sobre a vida. Porque um dia, não estaremos mais aqui. Mas, ele sim. O mesmo sol. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário