28 de maio de 2014

Por Palavras.

   A vida continua me trazendo altos e baixos. Me encontro totalmente dominada pela força das palavras. Como estar presa no fundo de um rio sem conseguir retornar a superfície para respirar. Vejo a luz do sol, mas não nitidamente. Ouço o barulho que eu mesma produzo. 
  Sufocada em palavras. Esse é o mal de quem as tem em mente. Hora perto da superfície, hora longe de onde qualquer sinal de luminosidade existente. Nunca consegui pensar nitidamente, por conta da quantidade de pensamentos que podem passar por minha cabeça de uma só vez. 
  O som que consigo ouvir, é a melodia mais doce, que agrada meus ouvidos. O ritmo da canção faz com que a água me leve, para cima e para baixo, de um lado para o outro. 
  Se tens empatia, consegue entender minha cabeça neste momento. E se entende-la, deixe-me ser a primeira e única pessoal a tentar entender do mesmo modo. O medo da apatia me toma, tão forte quantos as palavras, embaraçando-as tão firmemente que não me deixa escolha, apenas, aceita-las. Aceitação dos nós de minha mente.
  Soadeiro e misterioso. Assustador e breve. Doce, e amargo, ao mesmo tempo. Assim são as palavras. Todas elas. E com minha ignorante inocência, as descubro. Cada vez mais me assusto ao ver tamanho poder. Inesquecíveis e inabaláveis. Grandiosas e louváveis. Darei todas elas a você, sim, você mesmo, que esta lendo isso, todas as palavras deste texto, cada sílaba, cada vogal, e consoante. Dedico a você. Enquanto continuo afogada em outras mil que passam por minha mente agora. Continuo por cada uma delas, para vê-las tomando rumo, tornando-se algo especial para majestade e para o mais inglório ser que habita este planeta. Continuo apenas por elas. Por palavras.

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