19 de agosto de 2014

Vacina


  E no fim das contas as vacinas anti-amor que calejaram meu corpo não adiantaram nada mesmo. Quantas vacinas tomei, e quantas precisarei tomar. Umas mais dolorosas que outras. Algumas por prevenção, outras tomei já doente, com esse vírus terrível, quando se está doente, de nada adiantam as vacinas. Mas, o fato é que o amor é como gripe, quando percebe já está doente, e precisa tomar vacinas constantemente, e as vezes isso de nada adianta, cada hora o vírus vem de um jeito.
  Doce, quão doce é amor? Doce o suficiente para amolecer o coração e deixar as pernas bambas. Talvez esse vírus não seja tão ruim assim. O que seríamos sem  amor? Eu, pelo menos, nada seria. A sensação de dia perdido quando você não vê a pessoa. Acontece com todo mundo. 
   O problema é que nem sempre o amor dura muito, e aí, quando acaba, você volta pra realidade. Depois de um tempo, as feridas cicatrizam, e você esquece. Queria manter as feridas abertas, ardendo, porque é muito triste perder um amor, esquecer. 
  Sempre haverão as memórias mais doces, e as mais amargas claro. Todas gripe tem suas vantagens, as vezes ela é uma desculpa para não ir em algum lugar. O amor as vezes é a desculpa para se estar bobo. E talvez eu esteja mesmo boba,. Gripada, doente. Talvez a vacina não tenha adiantado mesmo. Talvez o amor não passe assim tão rápido. Logo, preciso de uma internação urgente. Mas, de nada adiantaria . Porque, pensando bem, que vacina serve para o coração? 



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