Woody Allen tem quase 80 anos e não está velho. Continua o mesmo em
estilo e ideologia, e passa longe do cansativo ou ultrapassado.
É o mesmo na fotografia impecável, o mesmo nos diálogos ácidos (e
divertidíssimos)... Ainda que incomparável aos grandes clássicos de Woody
Allen, Magia ao Luar tem seus atrativos, ou melhor, seu charme...
Os talentosos Colin Firth e Emma Stone interpretam os protagonistas do
filme. E fazem um ótimo trabalho. Firth é Stanley, um ilusionista muito bom em desmascarar
falsos médiuns. É para um trabalho do gênero que ele viaja até a França, onde a
jovem Sophie convenceu uma família de milionários de que vê o futuro.
Stanley, além de insultuosamente mordaz, é cem por cento cético, e tem
certeza de que Sophie não passa de uma golpista. Mas depois de conhecê-la,
misteriosa e encantadora, essa certeza pode, milagre após milagre, começar a se
abalar.
Meu conselho é o seguinte: não entre no cinema esperando um daqueles
filmes cabeças. Woody faz filmes ótimos justamente por serem leves e
engraçados. Magia ao Luar é perfeito para desanuviar a cabeça depois de um dia
cansativo. Para rir um pouco, ouvir uma trilha sonora das melhores. Não é um
filme para análises críticas – não que fosse se sair mal numa delas. É que ele
foi filmado com um simples objetivo: deixar seu dia mais feliz.
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