Não compartilho mais segredos com folhas de papel. As palavras que costumavam escorrer por linhas e linhas revelando o lado secreto e perdido de meu coração não existem mais.
As guardo no fundo do peito, sem direito a sair e respirar. Por vez, de tempos em tempos, buscam uma fuga, dando brilho aos meus olhos, entregam o cárcere. Não há analista, terapeuta ou psicólogo que faça com que os pensamentos saiam de qualquer jeito. O céu tudo revela quando em sua intensa vastidão azulada me mostra teus olhos, e me lembram que o amor uma hora volta, mostra a cara, já nem sei se o convido para entrar ou se o atendo no portão. O céu sempre estará aqui, já teus olhos não, procuro neles um segredo obscuro que me mostre um grande segredo, a descoberta de um novo mundo, uma nova droga ou uma nova vida. O sol já não brilha tanto, comparado ao teu sorriso, doce e verdadeiro, dos que fazem-me sorrir também. Sorrio por você.
Não revelo teu nome, nem teu jeito, qualidade ou defeito, um segredo no fundo do peito, para que ninguém mais saiba de nada, sem torcidas ou vaias, um jogo simples, aliás, sem jogo. Já cansei dos tantos, sai do campeonato e encontrei você. Me levou pro campo e me vez voltar, mas, o tempo está terminando, sem acréscimos, já cansei dos tantos. Passa a bola, vamos jogando, aliás, sem jogo. Sou ruim de bola, já estou na na série B, não quero mais perder, mas, isso eu guardo, e deixo pra lá, olho pro céu e... ual, que olhos lindos.
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