Vejo um vazio infinito enquanto olho para as maiores multidões. Vejo desespero no coração de cada ser superficial que me cerca. Vejo sorrisos falsos. Só não vejo empatia. Me sinto presa com toda liberdade que me és permitida. Como se nada estivesse bem. Em um piscar de olhos, não sei mais quem é de verdade. As pessoas mudam o tempo todo, rapidamente, se tornam outras, porque na verdade, nunca foram quem pareciam ser antes.
Pessoas me assustam. Muito mais que qualquer outra coisa. O vazio me corrói, a falsidade me enfraquece, e a apatia me mata, da forma mais brutal que consigo imaginar. Mas, o que dói na verdade, é a decepção de acreditar que ele não é assim, que ele é diferente. Enxergo nas pessoas uma pureza inexistente. Enxerguei nele algo diferente, identifiquei como bom. Me afoguei em seu sorriso, e ainda não consegui retornar a superfície para retomar o folego. Escrevo enquanto sua voz passa por minha mente, só eu sei o quanto isso me perturba. Louca? Talvez, nunca me considerei muito certa mesmo. Mais louca ainda por continuar acreditando, a cada vez que as pessoas se mostram apáticas, continuo acreditando, que alguém seja diferente. Talvez alguém seja mesmo, não sei. Só sei que isso começou com texto, e certamente terminará do mesmo modo. Um texto onde coloquei todo meu amor e empatia. Diferente do que coloco no mundo. Pois do mundo, me escondo, com medo de que tua crueldade me ataque. Nele ainda acredito, pois dele, só sei que nada sei, sei ainda mais o quanto gostaria de conhece-lo, sem máscaras, sem superficialidade, gosto de conhecer corações, não cérebros. Ai mais um problema, alguém que ainda saiba o que é coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário