5 de abril de 2015

O poeta está vivo!


  Nunca senti que me encaixava em algum lugar. Nem entre a família ou amigos. É como estar em um lugar e não poder dizer tudo. A música permite que eu diga tudo, em absoluto silêncio. Não existe uma música, ou um artista. Tem que ser boa. Mas, a música se tornou sinônimo de liberdade com o Cazuza. A primeira vez que ouvi, foi como usar uma droga pesada e ir para um planeta alternativo. Cazuza para mim, é sinônimo de vida. Ontem ele completaria 57 anos mas, essa não é a única razão pela qual escrevo. Esse texto não é polido, nem enfeitado, é apenas sincero, do fundo do peito. Machuca.
  A maioria dos meus artistas favoritos já morreram. Eu não irei a shows, nem esperarei por discos novos. Assisto sempre as mesmas entrevistas, e dou risada das mesmas piadas. Não me canso. Não fico presa em casa o dia todo, ouço meu som, saiu pra ver gente, viajo pra sair da mesmice de sempre. O Caju pensava assim, também? Acho que sim. Eu amo esse planeta, quero conhecer o máximo. Sair por aí, não por luxo. Sair pela aventura. Me aventuro nas palavras, por enquanto. Esse sim é meu lugar. Entre palavras escritas e cantadas, entre pessoas que nunca irei conhecer. entre perguntas que não sei responder, entre um mundo, que hei de conhecer. 

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